sábado, 12 de fevereiro de 2011

Como se fosse um sonho

O vento cessou. Os galhos das árvores estão visivelmente intactos. Não mexem-se, mas passarinhos cantam maravilhosamente. Antes o sol quente, agora uma calma chuva molhando a grama, indo do céu ao telhado; do telhado ao chão.
Mas aqui tudo é grama! Fora o oceano de chocolate fresquinho e quente, a areia com gosto de mel e o céu com aspectos de um algodão doce. Que paisagem linda veem meus olhos quadrados a observar da janela... redonda! E é ela o espelho que reflete meu olhar.
O barulhinho da chuva me acalma e o cheirinho de chocolate derretido me traz ânsias de breve volta do sol reluzente. Me fazem fechar os olhos e imaginar o guarda-sol colorido cravado na areia caramelada na orla do oceano achocolatado.
Pode ser apenas sonho. Porém, se o for, não pretendo abrir os olhos tão cedo. Não quero perder a chance de ver estrelas com cheiro de esperança ao fim do dia. Elas que repõem as minhas forças para o temporal que, possivelmente, virá amanhã, debaixo do meu guarda-sol.