sexta-feira, 30 de março de 2012

Cores de esperança: asas de experiência!

Como uma borboleta que colore o céu, que não se sustenta de migalhas, mas do verde das plantas para ser feliz. Livre, bela e especialmente admirada (antes da cobiça, por mim mesma) vou contornando os passos que escolhi trilhar. Crescendo estou: sinto-me mais preocupada com a rapidez das mariposas. Quero ser veloz, alcançar o limite do céu, mas esbarro na ilusão de ser pensante.
Acredito que não sejam os anos que me permitam voar mais rápido, mas a transformação mental, a experiência adquirida.
Certo dia vi uma borboleta que se achava feia, e por isso não sentia-se apta a voar. Emprestei uma cor a ela, com a esperança de que me emprestasse uma asa. Marcamos data e horário para realizar a troca. Dei-lhe a cor verde, da esperança. Baseada em minha inocência, esperei por voar.
Sentiu-se linda com minha cor ao admirar-se através do espelho. Tão linda que, feliz, alçou voo. E partiu, sem cumprir com o acordo.
Não adquiri aquelas asas da mariposa orgulhosa, mas fiz com que as minhas crescessem com a experiência que tive através de um simples gesto: Eu cresci.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Bodas de Diamante

São 60 anos de vida
Em comum e bem vividos,
Pois foi sempre lado a lado
que o dia a dia enfrentaram,
E assim, com os filhos  criados
E preparados pra o mundo
Agora é só receber,
De todos, o amor profundo.

Nossa alegria se expressa
No fato de ter bem juntos,
Esse modelo de vida
Que é um exemplo pra o mundo;
E poder dizer bem alto,
E a quem queira escutar,
Que com carinho e amor
Não há do que se queixar.

Que bonito é, nessa idade,
Ver os dois sempre juntinhos;
Ver um amparando o outro
Sempre com muito carinho;
Porque as malezas da vida
Que a todos sempre atrapalha,
São vencidas com coragem,
Trabalho e muita batalha.

E assim a vida prossegue
Com todos envelhecendo,
Alguns vão indo de a pé,
E outros vão de charrete,
Mas quem acredita em Deus
Corta mais que canivete.
Por isso eu digo e afirmo
E grito com muito afinco:
- Até os setenta e cinco
Em dois mil e vinte e sete!

Escrito por Cireneu Pierezan, meu pai. Dedicado a Alberino Pierezan e Venerandina POA Borges Pierezan, meus avós que completaram seus 60 anos de matrimônio em 25 de fevereiro de 2012.