Como uma borboleta que colore o céu, que não se sustenta de
migalhas, mas do verde das plantas para ser feliz. Livre, bela e
especialmente admirada (antes da cobiça, por mim mesma) vou contornando
os passos que escolhi trilhar. Crescendo estou: sinto-me mais
preocupada com a rapidez das mariposas. Quero ser veloz, alcançar o
limite do céu, mas esbarro na ilusão de ser pensante.
Acredito que não sejam os anos que me permitam voar mais rápido, mas a transformação mental, a experiência adquirida.
Certo
dia vi uma borboleta que se achava feia, e por isso não sentia-se apta
a voar. Emprestei uma cor a ela, com a esperança de que me emprestasse
uma asa. Marcamos data e horário para realizar a troca. Dei-lhe a cor
verde, da esperança. Baseada em minha inocência, esperei por voar.
Sentiu-se
linda com minha cor ao admirar-se através do espelho. Tão linda que,
feliz, alçou voo. E partiu, sem cumprir com o acordo.
Não adquiri
aquelas asas da mariposa orgulhosa, mas fiz com que as minhas
crescessem com a experiência que tive através de um simples gesto: Eu
cresci.
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