sábado, 28 de maio de 2011

Buraco - labirinto - tabuleiro

Como que em um buraco...
Aqui dentro alaga,
Aqui dentro seca,
Aí fora não veem nada!
Somente eu consigo sentir a umidade
E sua escassez...
As quais vagam discretas
E secretas
Ao redor da pá, que as enterra.

Como em um labirinto...
Eu abro portas erradas
E deito ao chegar numa peça aconchegante.
Sou tão pequena,
Não vejo saída.
Estou presa aqui!
Não posso vislumbrar o horizonte.

Como em um tabuleiro...
Não passo de mais uma peça
Dentre tantas amarguradas.
E as ilusões do jogador me influenciam;
Dizendo que não posso errar,
Não posso perder.
E por isso caí num buraco
De um labirinto sem saída.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Resumo do livro "E agora?" (Sandra Pina)

Julia e Rodrigo passaram a infância juntos e se intitulam melhores amigos. Seus pais se conhecem desde que passaram a morar no mesmo condomínio, por isso os dois são tão ligados! Contam todos os segredos um para o outro e ajudam-se em tudo que for preciso.
Com o tempo, percebem que o constante olhar inocente transformou-se em fixação. Prendem-se, um nos olhos do outro, e não entendem o que está acontecendo. É um sentimento ainda não descoberto por ambos.
Eles enfrentam problemas como o ciúme, a insegurança e a solidão. Separam-se por um tempo. Julia pede conselhos para sua amiga Luizinha. Rodrigo nem cogita a hipótese de falar para seus amigos que é BV (boca virgem). O que eles pensariam? Iriam zombar bastante...
Os dois tinham vergonha de admitir a paixão. Temiam que desse tudo errado e eles perdessem a amizade construída através de anos. E agora?
Na festa de despedida do condomínio e aniversário da Helô - amiga da turma -, Julia se altera ao chegar e ver que Rodrigo está combinando com sua fantasia. Formando um casal. Puxou-o para um canto e o xingou, xingou e xingou. Rodrigo, nada ouvindo, interrompeu o "blá-blá-blá" com um beijo. A partir de então, o dilema: namorar ou não? Eles não decidem, mas está bom do jeito que está. O destino que vai dizer se ficarão juntos e "felizes para sempre"!

Texto confeccionado no laboratório de informática de minha escola, introduzindo em um trabalho solicitado pela professora de Português.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Minha história, minha vida...

Como se eu vivesse em um livro aberto... Como se cada personagem tivesse um pouquinho de realidade em si! O fato é que não tem. Em meu livro todos têm vida, porém, ninguém a tem. Viver, para nós, é consistir em exercer o fato de termos nascido. De sermos partículas da natureza. E não a verdadeira função: abrir o tal livro de nossa história, o da imaginação.
Na minha história sou apenas coadjuvante. Classifico como prioridade as pessoas que me rodeiam, que me fazem sentir bem, e não costumo me incluir nesta lista.
Desde que nasci trilho um destino que me foi traçado antes de pensar em vir para a Terra. Posso dizer que não fui programada. Nasci porque quiseram me expor ao mundo, sem antes saber que eu viria. E vim. Trouxe alegria para minha família. Como foi registrado na minha lembrança de primeiro ano:
“Do papai sou a prendinha,
Da mamãe a alegria,
Sou a cara do maninho,
Da maninha a simpatia.
Hoje faço um aninho
E sou uma linda guria!”
Meus pais não disseram: “Vamos ter uma terceira filha!”. Mas, depois que nasci, me ensinaram tudo o que já tinha sido passado para meus dois irmãos e me criaram com muito amor e carinho!
Digo que “desde que estava na barriga da minha mamãe” participo de CTG. Pois é, não é bem assim. Eu cultuo a Tradição Gaúcha desde antes de nascer, realmente. E participar de CTG não é simplesmente dançar, nem ouvir “músicas bregas”, nem usar vestidos lindos, mas tão fora de moda. Ser gaúcho é ter nascido no Rio Grande do Sul. Ser Tradicionalista é ter respeito, é ser compreensivo, ser paciente, trabalhar em grupo, ter milhares de compromissos que nos tornam responsáveis. Enfim, ser Tradicionalista é aprender. Não é à toa que, às vezes, recebo elogios. Dentro de mim, algo me mostra que são elogios convincentes e que mostram a minha personalidade e educação, ambas baseadas em uma cultura um tanto antiga, mas recente.
Sou prenda de faixa desde os sete anos, e busco um ideal muito além das expectativas de qualquer pessoa que não se inclui no meio Tradicionalista. Acho que é esse o motivo maior de eu me determinar diante de dificuldades e ir à luta, nunca desistindo de sonhar.
Sempre mantive um ótimo relacionamento com meus familiares, apenas não quando estou mal-humorada. Todos têm seus dias ruins! Agradeço a eles por tudo e, principalmente, por existir.
Um fato que muito marca minha vida é o convívio em grupo, em equipe. Isto é passado para mim em todos os instantes, e adoro quando o pessoal do Candeeiro se reúne para recordar as antigas “modas”. Gosto de luz, de claridade, e consigo isso através das coisas que ocorreram há tanto tempo, mas ainda estão tão pertinho de mim.
Adoro escrever! Gosto de expor minhas ideias, de gritar em silêncio através das palavras. Elas me libertam, e me deixam aliviadas, permitindo-me alimentar a imaginação.
Minha infância é o que eu levo destes doze (quase treze) anos de vida! O ponto que considero mais importante, pois é tão bom ser elogiada por uma “gracinha” que fiz na fase pueril. Mas nós crescemos! E eu cresci. E, a partir do que passou, escrevi um texto com os sonhos que pretendo concretizar até o ano de dois mil e quatorze. Foi um concurso cultural do Jornal Zero Hora. Eu fui uma das classificadas! Foram quatorze escolhidos perante inúmeros, e só o fato de participar da solenidade de abertura da cápsula do tempo, a qual lacramos e reabriremos em dois mil e quatorze para conferir os sonhos, foi uma realização! Uma emoção tamanha, e algo que ficará marcado para sempre. Pena que apenas em palavras e imagens.
Também ganhei uma medalha de bronze na 6ª OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas)!
São estas e outras coisas que me mostram a importância da determinação e do empenho. O que aprendi e preservo. O que pretendo repassar para as novas gerações.
Não gosto que me julguem por ter mania de perfeição, apenas quero ser o melhor que posso nas áreas que mais considero prazerosas de aprender.
A minha história é longa, e apenas escrevi doze páginas de meu livro. Talvez, quando tiver quinhentos anos, eu possa realizar outro grande sonho! Enquanto isso, vou rabiscando as páginas de um caderno velho, rasurando e passando a limpo. Mas nunca conseguirei escrever uma história o seu rascunho. Disto me convenci.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O que é volúvel ao que vês

Entre o saber amar de verdade e a afeição por coisas materiais e rotineiras, o que parou à minha frente foi o desejo. Desejo não-sei-de-quê. Desejo desconhecido. Talvez intensa vontade de aproximar coisas tão distantes, e tão provocantes. o desejo que cega, que pressiona o coração. Desejo medíocre que teima em acender uma chama extinta (ou a qual eu desconheço). Desejo esquisito. Desejo.
Como se eu visse o sol nascer quadrado pela janela dos meus olhos. O mundo para à minha volta, mas o tempo... "O tempo não para!". Olhar alheio que excita, provoca e me inspira. Olhos castanhos. Não são olhos claros, apenas visíveis de dia; mas escuros que a noite destaca. E esses olho tão lindos, que só veem escuridão, têm uma ideia de amor volúvel... - Paixão.
É uma ilusão que enfrenta as palavras, conforta minh'alma e machuca meu coração. O sol não nasce, na rua venta e chove. Dentro de ti o sol nasce, sim, vibrante e reluzente. Dentro de mim, venta e chove. Então olhe para os meus olhos. Não são lindos como os teus? Não são azuis, são escuros. Mas alagam tanto! E o coração, imprescindível, que procura uma saída, ainda guarda você!

Para Pâmela, Ju e Agnes

Que a sorte esteja ao seu lado quando sentirem que seu coração está batendo forte. Este é apenas um sinal de que o mais saboroso dos nervosismos está vos deixando ou obrigando a senti-lo. O sentirão quando se depararem com o que está em volta. Quando perceberem que estão diante do maior sonho, da maior meta a alcançar. Ou quando estiverem diante daquilo que conquistaram com muito esforço, que foi só uma etapa. Quando estiverem realizando uma prova, que encontrarem dificuldades em cada exercício. Ou quando vos fugir a ideia que queriam transmitir durante as apresentações. Quando pensarem: “Por que fiz deste jeito? Sei que meu potencial é bem maior do que o que eu mostrei para minhas concorrentes, meus amigos que assistiram e notaram cada erro.”. Ou quando olharem para o espelho, a refleti-las, com um couro pesando as costas. Pesando a consciência, pesando o olhar, o coração. Pesando futuras lembranças de um presente, já passado, tão lindo! Pesado, sim, mas nostálgico.
Sorte, principalmente, no futuro. Lembrem-se: O destino de cada um está escrito. E estava, antes de pensarmos na sorte de estar aqui. Se não for desta vez, não foi. E se for... Bom, se for... Foi. E desfrutem do quanto puderem, porque não esperamos que as cortinas do espetáculo da vida se fechem. Mas elas se fecham.
Olhando o mundo através janela do quarto, não podemos nos rolar na grama, tomar banho de chuva e de sol, não podemos sentir o tempo passar. Olhar para o relógio é o método mais idiota/medíocre de aprender, e de aproveitar. Ao olhar para o relógio, por segundos, um ano passa e todo o sonho desceu pelo ralo do banheiro no qual deixamos esquecidas as lembranças.
Na invernada da vida cometemos falhas, esburacamos o tablado, sangramos o dedão do pé e o coração com o prego solto que o irmão deixou no chão, pisamos nas botas e sapatilhas que o Patrão nos deu, novinhas, limpinhas. Mas, ainda assim, podemos nos ver num museu de recordações, o qual estanca (ou aumenta) a dor que o prego enferrujado representa. Aquela dor pesada que, ao ficar para trás, deixa rastros. Mas não, não poderemos atalhar e passar pela mesma estrada outra vez. Quando olharmos para trás, os passarinhos terão ciscado as demarcações e não saberemos o caminho de volta. Por isso, e além disso, teremos que seguir em frente.
Tentar... Tentar sempre é a principal arma que, se bem testada, irá mirar no seu sucesso! Desejo que sintam a barriga borbulhando, e que saibam que não é a fome gritando. Sim, sintam, pois lá na porta de entrada da realização, vocês terão a quem relatar a sensação de estar ali e, bem antes, sonhar em estar ali.
Boa sorte... Simplesmente, sorte! Está em suas mãos, e cuidem com o irmão sacana que tentar arrancar um prego do seu chão para rir de seu tombo. A partir de agora, mirem o horizonte que espera vocês. Independente do resultado, saibam que não há curativo que tape a ferida que a preguiça mancha. Mas também, que não há vidro na sua janela, e ninguém vos impede de rolar na grama. O relógio está marcando o tempo, e vocês, mais do que isso, precisam estar direcionando os ponteiros. Boa sorte!

Com carinho de quem torce por vocês, aqui no Rio Grande e até lá na China.

Cuidado!

Os dias vão, os dias vêm. Eles não cansam de passar, nem de parar. Parece coisa de louco! Passam um montão, depois esquecem do que passou e param. Param sem ter por quê. Param porque querem parar, apenas por isso. Mas eles param. E quando isso acontece, não dá para jogar tudo para o alto, pois, quando ele volta à sua rotina, as coisas podem cair em sua cabeça.