sábado, 28 de maio de 2011

Buraco - labirinto - tabuleiro

Como que em um buraco...
Aqui dentro alaga,
Aqui dentro seca,
Aí fora não veem nada!
Somente eu consigo sentir a umidade
E sua escassez...
As quais vagam discretas
E secretas
Ao redor da pá, que as enterra.

Como em um labirinto...
Eu abro portas erradas
E deito ao chegar numa peça aconchegante.
Sou tão pequena,
Não vejo saída.
Estou presa aqui!
Não posso vislumbrar o horizonte.

Como em um tabuleiro...
Não passo de mais uma peça
Dentre tantas amarguradas.
E as ilusões do jogador me influenciam;
Dizendo que não posso errar,
Não posso perder.
E por isso caí num buraco
De um labirinto sem saída.

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