terça-feira, 3 de maio de 2011

Para Pâmela, Ju e Agnes

Que a sorte esteja ao seu lado quando sentirem que seu coração está batendo forte. Este é apenas um sinal de que o mais saboroso dos nervosismos está vos deixando ou obrigando a senti-lo. O sentirão quando se depararem com o que está em volta. Quando perceberem que estão diante do maior sonho, da maior meta a alcançar. Ou quando estiverem diante daquilo que conquistaram com muito esforço, que foi só uma etapa. Quando estiverem realizando uma prova, que encontrarem dificuldades em cada exercício. Ou quando vos fugir a ideia que queriam transmitir durante as apresentações. Quando pensarem: “Por que fiz deste jeito? Sei que meu potencial é bem maior do que o que eu mostrei para minhas concorrentes, meus amigos que assistiram e notaram cada erro.”. Ou quando olharem para o espelho, a refleti-las, com um couro pesando as costas. Pesando a consciência, pesando o olhar, o coração. Pesando futuras lembranças de um presente, já passado, tão lindo! Pesado, sim, mas nostálgico.
Sorte, principalmente, no futuro. Lembrem-se: O destino de cada um está escrito. E estava, antes de pensarmos na sorte de estar aqui. Se não for desta vez, não foi. E se for... Bom, se for... Foi. E desfrutem do quanto puderem, porque não esperamos que as cortinas do espetáculo da vida se fechem. Mas elas se fecham.
Olhando o mundo através janela do quarto, não podemos nos rolar na grama, tomar banho de chuva e de sol, não podemos sentir o tempo passar. Olhar para o relógio é o método mais idiota/medíocre de aprender, e de aproveitar. Ao olhar para o relógio, por segundos, um ano passa e todo o sonho desceu pelo ralo do banheiro no qual deixamos esquecidas as lembranças.
Na invernada da vida cometemos falhas, esburacamos o tablado, sangramos o dedão do pé e o coração com o prego solto que o irmão deixou no chão, pisamos nas botas e sapatilhas que o Patrão nos deu, novinhas, limpinhas. Mas, ainda assim, podemos nos ver num museu de recordações, o qual estanca (ou aumenta) a dor que o prego enferrujado representa. Aquela dor pesada que, ao ficar para trás, deixa rastros. Mas não, não poderemos atalhar e passar pela mesma estrada outra vez. Quando olharmos para trás, os passarinhos terão ciscado as demarcações e não saberemos o caminho de volta. Por isso, e além disso, teremos que seguir em frente.
Tentar... Tentar sempre é a principal arma que, se bem testada, irá mirar no seu sucesso! Desejo que sintam a barriga borbulhando, e que saibam que não é a fome gritando. Sim, sintam, pois lá na porta de entrada da realização, vocês terão a quem relatar a sensação de estar ali e, bem antes, sonhar em estar ali.
Boa sorte... Simplesmente, sorte! Está em suas mãos, e cuidem com o irmão sacana que tentar arrancar um prego do seu chão para rir de seu tombo. A partir de agora, mirem o horizonte que espera vocês. Independente do resultado, saibam que não há curativo que tape a ferida que a preguiça mancha. Mas também, que não há vidro na sua janela, e ninguém vos impede de rolar na grama. O relógio está marcando o tempo, e vocês, mais do que isso, precisam estar direcionando os ponteiros. Boa sorte!

Com carinho de quem torce por vocês, aqui no Rio Grande e até lá na China.

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