segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Folheio uma página de meu livro favorito.
Penso em ler mais. Ler, ler e ler...
Mas a história, em si, não importa,
O que importa é que eu leio para colorir a vida
Que é escura, mas é só minha.
Como um caixote vazio no meio de um temporal,
Como um filhote de tartaruga se escondendo em seu casco,
Como um pássaro que canta, um dia, parar de cantar.
Assim, pra mim, fica igual
Sem meu mundo colorido
Que se modifica desigual.
Não que eu queira me comparar com as caixas, as tartarugas, nem os pássaros
Muito menos com uma borboleta que vaga sem rumo
Numa estrada escura!
E todos a enxergam como "colorida"
Mas a solidão lhe pintou de cinza.
Preta e branca.
Um nada.
Um pó.

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