terça-feira, 2 de agosto de 2011

Trecho de um texto qualquer

...Na invernada da vida cometemos falhas, esburacamos o tablado, sangramos o dedão do pé e o coração com o prego solto que o irmão deixou no chão, pisamos nas botas e sapatilhas que o Patrão nos deu, novinhas, limpinhas. Mas, ainda assim, podemos nos ver num museu de recordações, o qual estanca (ou aumenta) a dor que o prego enferrujado representa. Aquela dor pesada que, ao ficar para trás, deixa rastros. Mas, não! Não poderemos atalhar e passar pela mesma estrada outra vez. Quando olharmos para trás, os passarinhos terão ciscado as demarcações e não saberemos o caminho de volta. Por isso, e além disso, teremos que seguir em frente...

Giovanna Zoppas Pierezan
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